quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Quero a consciência de vida dos moribundos
Daqueles pacientes terminais sem outra
alternativa senão sussurrar a verdade
para o filho caçula, o melhor amigo, a mulher amada

Quero os moribundos conscientes de vida
Aqueles seres cientes de que só se laça o tempo
na calma do quando, no acaso do encontro,
no secreto da poesia

Quero em vida a consciência que sou moribundo
A sabedoria alerta de que lágrima e gargalhada
comédia e tragédia são obras do mesmo autor
fascinado por efemérides eternas.

6 comentários:

Anônimo disse...

Morro...só morro
Todo dia é um morro

Victor Jabbour disse...

Belíssimo, Josa!
Os contrapontos, as ideias...fantástico!

Ainda não se convenceu de que sabe escrever?! Rsrs?

Josa disse...

Com a bondade e força de vcs eu vou seguindo...D

"dancendo"! valeu pela visita,

deixo um verso do Drummond q vc me lembrou:

"Nem sabes se és culpado
de não ter culpa. Sabes
que morres todo o tempo
no ensaiar errado
que vai a cada instante
desensinando a morte
quanto mais a soletras,
sem que, nascido, mores
onde, vivendo, morres."


"TU? EU?"

no livro " a falta que ama"

abraços!

Raphael Lima disse...

ai que coisa bonita! e esse jogo tão se parece com a vida! que vida? esta, a mesma de sempre.

Abraços e viva o encontro do re-encontro!

Amor e mais ainda!

Caminhemos!

Vivos e Mortos!

Caminhemos!

Isabela Pimentel disse...

Texto maravilhoso!

Josa disse...

oh bela...;)

abs