quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

AQUI

Se resolve e acontece melhor...
Que um pedaço do meu chão de corpo se desprende branco de mim e percorre a estrada da minha barriga e o sangue pacífico, quase pacífico, transmigra o vermelho e me enche de angustia e gratidão. Minha querida amada longínqua e tão colada na minha ritmia cardíaca? Onde estão seus braços agora? Teu desejo por amor e paz? E suas rezas tão sinceras por mim? Estão por aqui. Te escuto nos meus sonhos lúcidos que eu ainda não tive. Impossível? Sim. Só o que não pode ser para estes meus olhos caolhos e cegos é o que pode ser para mim que não tenho nada para te dar de bens, a não ser o tempero do meu bem e da minha ininterrupta busca por alguma coisa grande que me arrebate a vida e me leve a um lugar sempre diferente... Está bem que este lugar é aqui e agora, mas estive tão por ai e por lá que nem sei mais e busco na tua ausência dentro de mim um fio de luz que me traga poder e vontade de encontrar meu caminho e caminhar e esquecer a minha criação de um eu que jamais existiu. Alguma novidade? Não, só a Poesia por ai e por aqui fazendo todas essas coisas que eu sei lá e ninguém sabe. Eu também não quero saber! Vou morrer. Pronto, só assim para renascer. Morro. E não se preocupe... Já renasci. As reticências, as entrelinhas sempre me matam e sempre renasço. Com muito animo e um pouco de dor de cabeça agradeço imensamente pela Vida permitir que eu possa escrever por aqui apaixonado sempre.

Apaixonamentos para todos que se desejam apaixonados.