CIBERNAUTA
O cibernauta navega
na vaga cibernética.
O site, o sitio
nega o dígito
da palavra
que na frase
já se altera.
Não se salva
o rosto
do cibernauta
se o arquivo
que acessa
por ele se apaga
com ele se nega.
Sobre o video
do arquivo
o cibernauta
navega
na névoa,
passa pela
página do rosto
que oposto
não se entrega.
De novo
o cibernauta
circunavega
e recupera
o rosto da página
que o rosto era.
Apenas, no esquivo
arquivo da tela,
a tecla deleta
a frase
e a imagem do mito
que um sísifo
sem face era.
O cibernauta
navega na névoa.
mário chamie
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
a cada pedra de palavra que se impõe como imagem e som também, só falta cheiro... tempos modernos, nem tanto.
Postar um comentário