segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Prisão de Vidro

III. Revelação



Tela viva de mistérios revelados,
Em ciclo mudo nasce, ciclo mudo morre.
Ilusão refletida de promessas, ganância.
No conforto da recessão, enganos e destroços.
Nem os primeiros, nem os últimos,
Desforram das idéias, o entorno,
Cortam-nos as asas de liberdade,
O sorriso, a ternura, a expressão de ser.
Despido das máculas e estáticos de dor,
O que era, agora cicatriza lentamente.
Com temor inerte, abro as portas.
Pessoas sem propostas, nem respostas.
Não há nada que conforte o âmago farto
Quando se vê pessoas vivas, todas mortas.

2 comentários:

Lígia Aggio disse...

forte, denso, intenso.

muito bom, VJ, muito bom.

... tive até que respirar profundamente aqui!

Victor Jabbour disse...

E a caravana tem que continuar...

Bom saber que, apesar de ser uma sensação fria, alguém nota a intensidade do que versa...!

E vamos respirando!