segunda-feira, 21 de setembro de 2009


Madalena viu a terra
E teve certeza, olhava para si própria. Depois tentou olhar a alma... Não viu nada e sentiu uma vontade absoluta de ficar em silêncio e sem se mexer. Passou o dia todo experimentando ser a terra e estar em silêncio. Chovia e o corpo dela estava muito quente, muito quente: evaporava. As suas idéias exalvam da sua cabeça igual aquelas ondas que se fazem no chão quando está muito calor, o tempo era de outono e passava devagar com duas irmãs gêmeas de mãos dadas brincando de ciranda e sem parar, sem parar, sem parar a fluidez de Madalena chamava a atenção das pessoas que olhavam-na com surpresa e uma esperança ulta-verde. Os sonhos dela com toda a densidade da terra passavam a se realizar e o seu coração pulsava vermelho e radiante por todos os instantes. Era como se tivesse encontrado uma satisfação plena, caminhado até a fonte por se estar com muita sede e saber saborear agora o infinito saciar-se independente das oscilações do humor da vida. Madalena se encontrava numa outra coisa, algo que sim, pode-se se chamar de vida VIDA. E assim por essas horas ela invade o meu manto onírico enquanto durmo e já escuto cada vez mais perto o som da Dança que eu vou Dançar para Sempre... Aceitas Dançar?

Amor

Arte
No meu sonho também senti as palavras mais vivas do que nunca.

Paz

Soltas elas vibravam e se transfiguravam em amores e sortes enormes...


Os Mitos!
Salve
Os Mitos!

2 comentários:

Victor Jabbour disse...

"Madalena se encontrava numa outra coisa, algo que sim, pode-se se chamar de vida VIDA"

Nos falta muito para entendermos o que é isso?

Lígia Aggio disse...

à terra!
à comunhão!
à conexão!

à vida dançante que nos habita!

salve!

"Dança o povo negro
Dança o povo índio
Sobre as roças mortas de aipim
Dança a nova tribo
Dança o povo inteiro
Dança a moça triste de Benin"
(Dança - Chico Cesar)

salve o Mito!