
Ela fala pouquíssimo com ele. Seu jeito de falar com ele se da pela dança, e, outras vontades que nascem da sua nuca. Ela tem os cabelos tão lisos e volumosos e gosta de embarcá-los no corpo dele, e, também enraizar-se nele. Nem mal acordou e perguntou a ele, só em pensamento. "Quer ouvir meu coração batendo?" Sábia inteligência dos corpos...Ela abarca em sua pele e em todos os seus orgãos internos um sentimento constante de aventura, mesmo enquanto está em silêncio meditando. Como uma nota grave de piano ele acordou sorrindo e levando a sua mão esquerda ao centro do peito daquele corpo, dela, sutil ao seu lado. Ela sorriu feito uma lua muito distante e sem pressa alguma olhava para os olhos dele, sorrindo de estralar nos olhos estrelas e cores intensas de sabores escorregadios-apaixonantes. Além da química o essencial do tato, do olfato, do palato, da vista e do ouvido interno. Ela sonhou que em suas mãos agora está a espada mais poderosa, seus desejos acima de tudo são infinitamente musicais e sua dança encontrou o par não perfeito ou certo ou ideal, não. Nada disso. Sua dança encontrou a língua divina do amor, o vocabulário sumário da gramática celestial que, em verdade é uma partitura cósmica em plena harmonia com o bem e o mal. Eles se abraçam e o mistério sorri. Nada mais acontece. O mundo vibra. Algo sem explicação dá o Sentido de tudo. Mudo.
2 comentários:
Bonito, meu amigo! Muito bonito!
Estamos de volta!
Abraço!
Victor
Venha firme e na flexibilidade.
Bons fluídos para todos nós.
Abraço!
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