domingo, 19 de outubro de 2008

Atendente de Bomboniere

Por você passam dezenas. Senhoras de sapatos finos, senhores de narizes arrebitados. Azar deles que não notam a sinceridade de seus gestos, porque os consideram repetitivos e insignificantes. Pobres olhos desses cegos que não a vêem...

Sua presença é arma branca na luta contra o tempo morto-vivo da espera. Enquanto um amigo não chega ou pouco antes da sessão de cinema começar...

Em sua venda de um café expresso ou de um pão de queijo, está a poesia que justifica viver em mundo tão embrutecido. Carente de transcendência e da ternura de suas mãos brancas e delicadas.

3 comentários:

Anônimo disse...

Isso mesmo meu irmão!
Vivemos achando que o evento da vida é para os planos futuros e deixamos o essencial possível para uma sessão extra que nunca nos preenche o coração desesperado por amor e cuidado.
To contigo nessa aventura de ver o essencial no mais comum e natural das coisas do dia a dia.
Beijo!

Anônimo disse...

epopéia humana
e comentarista do jogo da vida!


estamos aí.

beijos TAMI.

Anônimo disse...

não se trata de um comentário sobre o jogo da vida... é uma vivência palavreada. Beijo Tami.
Estou aí e lá e aqui!
FUI!