sexta-feira, 17 de outubro de 2008

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Respiro com naturalidade esta fumaça atual. Tusso. Tusso. Respiro. Continuo a tossir e crear uma proteção para manter-me imune aos piripaques desse sistema concreto.Conservo e aprimoro um renovante poder, capaz de deixar a congestão repleta de angústia ao meio dia e com a boca cheia de carne e sangue. Confesso cansaço e fúria nestes dias amordaçados sem poesia, arte ou ciências gozosas. Porém concedo-me um metal e fogo miraculosos, extraídos das cinzas para eu também vencer a boa luta enquadrada. Atrelado assim ressoo duas certezas absolutas: nasço e morro... Até quando?

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