segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

            Enquanto o tempo das rosas deixa um vermelho clarinho acariciando meus dedos cheios de espinhos para acupuntura no computador, as novidades quentinhas do jornal se esfarelam como prédios implodidos que ficam ainda em pé, por força dos seus dignos alicerces e raízes misteriosas. A beleza deste próximo verso eu entrego ao meu amor, meu amor, que jamais será meu, que será meu só quando estiver plenamente livre de mim e das minhas agarras de karne e ozzo... Eu acredito nesta nova era de Alegria, Dragão e Amor Libertante para todos os seres e escrevendo, escrevendo eu vivo, vivo antes de escrever e me liberto libertando meu amor de mim, atuando de maneira ante palavra, ante palavra, palmo a dedo e tinta de sangue que mancha, some e não se apaga. O calor das tuas intimidades me atrela ao infinito instante que pude estar com aquilo que achei que você era para mim... A umidade da tua alegria ao me sentir tocandovendorespirando me ressalva de minha ilusão peculiar... A falta de interesse por minhas necessidades mais profundas, a falta na verdade de prática em minhas necessidades mais reais e profundas me assola e purifica... Só resta em mim, mesmo, um sorriso.