Houve um tempo, quando eu era jovem - que apesar de tudo, pro universo, nem faz tanto tempo assim - onde o Final de Ano, as festas e as comemorações era tudo o que eu mais esperava. Esperava por fora, porque o tempo era de receber afagos materiais. Esperava também por dentro, pois o o momento e a própria existência nesse período me fazia sentir diferente, melhor, conectado a uma realidade muito mais indulgente.
Parece saudosista colocar tudo no passado e muito pior do que isso é se colocar a reclamar. Na verdade, não farei isso. Apenas quero refletir o "porquê".
Acredito que quando se cresce, deixa-se de lado uma porção de coisas boas, como um humor mais saudável e receptivo para ceder lugar à massificacão. Massificar é banalizar a essência, talvez até nem dar conhecimento a ela.
E isso me emputece, sim. Todo mundo perdeu isso. O que mais se ouve é "nem parece fim de ano!" ou "não estou em clima de Natal!". É claro que não está. Quando o mundo à sua volta não está e você se entrega a essa atmosfera, é o que se vai ter.
Eu me entreguei. Já nem me lembro quando, mas faz tempo.
Restabelecer o que não se tem.
Recriar o que não se cria.
Valorizar o que não é palpável.
Taí uma nova jogada. Um desafio.
Quem sabe ainda algum dia consiga ver os pisca-piscas de hoje com minha alma de anteontem...
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
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