terça-feira, 23 de junho de 2009

Pensamentos de um cidadão High-Tech


A felicidade o tempo todo muda.
Feito aqueles cata-ventos hipnóticos,
Que criança alguma mais quer empunhar.
Pende ao desagrado e ao desalento,
Emulando gangorras paralíticas e preguiçosas,
Das quais aprendemos a nos desprender.
Felicidade não é best-seller, nem ritmo do momento.
Ainda não descobriram como encadeá-la,
Mudá-la para melhor.
Haverá felicidade transgênica?
Imagino-as em pacotes sortidos:
Vermelhos para lascividade compulsória,
Azul, para a vertente zen-surfismo,
Branco, para os mais auspiciosos “paz e amor”.
Ainda haveria os coquetéis dos três,
Transformando essa vida por demais,
Aos tragos de vertigem vaporizada.
O que será do mundo?
Daremos as boas vindas ao bel-prazer?
Letreiros néon, chuvas de prata...(!) – Estalo!
“Querida, me passa o controle remoto?”.
“Acho que vou dormir mais cedo, senão não acordo...”

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