quarta-feira, 9 de junho de 2010

Promessas




As mãos que te tocam não são as minhas,
Que de aspereza torturam-te o âmago,
Acariciam, mas ferem como lâminas sujas.
As palavras que ouves não são minhas,
Apaziguando inverdades espúrias de anteontem.
E dentro de ti, promessas estéreis crescem incólumes,
No teu lindo rosto, lágrimas negras vertem como ilusão,
Despedaçando teu universo-criação,
Tuas verdades são de plástico, forjadas como papel,
Consumidas como promessas de ano-novo,
Frágeis e etéreis como teu rosto,
Que o tempo leva com o caminhar do vento,
Enquanto caminho rumo afora,
Sem hora, com as mãos vazias nos bolsos cheios...
... (de promessas)

Victor Jabbour
Dia 09/06/2010

Um comentário:

Carol disse...

Belo...

e triste.

essas mãos vazias com os bolsos cheios, hein? aiai.