quarta-feira, 8 de outubro de 2008

ENTRE

Salve amigos e amigas!

Em forma de folhetim moderno, pós do pós-moderno e quase antropofagicamente derramarei meu sangue em poesias de um livro-semente que será digerido semanalmente por vossos aparelhos digestórios. Cada gota de sangue poético cairá como Lá e Aqui e o nome do livro é ENTRE. Publicarei uma ou duas poesias semanalmente e sejam todos e todas bem vindos e vindas a me devorarem.
E para a ceia de hoje sirvo a entrada poética com direito de self-service free.
Bom apetite para todos e para todas!




Colhi algumas flores
Na montanha mais alta de todas. Cada uma delas tem cheiro e cor diferentes de todas as outras. Passei oito dias nessa colheita. Levei comigo só o meu coração e as mãos vazias de desejo e repletas de nuvens amorosas. Esses oito dias foram iguais a oito vidas, que hoje eu não consigo mais saber quantos anos eu tenho. Só consigo me lembrar da doçura de cada flor deitando-se por vontade própria em minhas mãos. Elas continuam iguais em beleza e ternura diferentes, até agora. E hoje elas moram no altar do meu quarto.

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