domingo, 22 de março de 2009

AQUI


Tem um instante sagrado na hora da conversa que a gente deve ficar quietinho para ouvir direitinho o coração alheio. Ainda que não se entenda, vale tudo ouvir, querer, se entregar por inteiro e dar ouvidos sem interesse de espremer respostas convincentes ou importantes. Há alguma coisa, eu sei, nós sabemos, o sabor. E neste gosto inexplicável o corpo pede o tempo todo para se estar... Não se pode dizer, não se sabe dizer... Há esta coisa e ela vem me devorando como o tempo degluti os relógios e os signos, daí tudo vira samba. A morena Jurema me convida pra dançar e caímos num batacata cun cun gostoso, pra tudo se revelar em graça e harmonia no meio da noite até o subir do dia. Novas histórias mais novinhas mesmo, de gostinho diferente sempre estão renascendo nas vontades dos povos e algo se renova em delícia, amor e paixão quando no ato de fato torna-se possível só ouvir e a comunicação existir no É querido de todos.

2 comentários:

Lígia Aggio disse...

bom de ouvir
dom de escrever
prazer em ler

Josa disse...

vamos q vamos!

juntos!